O Brasil fez bonito, mais uma vez, e ficou entre os países com a melhor educação profissional do mundo. A delegação brasileira de 63 jovens conquistou o terceiro lugar no ranking geral de pontos da WorldSkills, a olimpíada mundial de profissões técnicas. A grandiosa cerimônia de entrega de medalhas e encerramento ocorre, nesta terça-feira (27), na Arena Kazan, um dos estádios da Copa do Mundo realizada pela Rússia.
Após quatro dias de provas em 56 modalidades que reproduziram o dia a dia do mercado de trabalho, os brasileiros conquistaram duas medalhas de ouro, cinco de prata, seis de bronze, assim como 28 certificados de excelência, em áreas estratégicas para a indústria do futuro. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), que é a instituição brasileira oficial na competição, treinou 56 jovens e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) foi responsável por outros sete.
Nesta edição, 1.354 jovens de 63 países participaram do torneio. A China, que sediará a próxima WorldSkills, em 2021, na cidade de Xangai, veio com força total e ficou em primeiro lugar no ranking de pontos totais. A Rússia, a anfitriã do torneio, abocanhou a segunda posição. A Coreia do Sul ficou em quarto. A delegação brasileira tem se estabelecido entre as equipes mais vitoriosas da competição. Foi a grande campeã quando o evento ocorreu em São Paulo, em 2015, pela primeira vez em um país da América Latina. Na última edição, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, alcançou o segundo lugar.
“O resultado, para o Brasil, demonstra o alto nível de excelência da educação profissional brasileira. Além do número de medalhas, o padrão de qualidade que nós demonstramos, nesta edição, em Kazan, em 73% das ocupações, o Brasil estabeleceu um padrão de excelência. Ou seja, a cada quatro competidores brasileiros, três têm referência da WorldSkills, o que é muito bom, o que nos coloca entre os melhores do mundo”, avalia o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi, que é delegado brasileiro na organização internacional que leva o mesmo nome da competição.
Segundo Lucchesi, o Brasil, como nação, precisa refletir sobre os resultados da competição e alterar sua matriz educacional para investir mais em educação profissional. Além de sediar a competição mundial, a educação profissional faz parte do projeto do país governado por Vladimir Putin. Neste momento, os russos reformam escolas em suas 85 regiões autônomas para ampliar e fortalecer o ensino técnico.
“Os jovens competidores brasileiros são vencedores, entre outras razões, porque fizeram educação profissional. São exemplos que colocam para nós a importância do ensino técnico, para a inserção do jovem no mercado de trabalho, para o primeiro emprego, para a produtividade do trabalho, para a competitividade da economia e para uma política social mais justa e mais equânime”, explica o diretor-geral do SENAI.
A WorldSkills é o maior torneio de educação profissional do planeta. A cada dois anos, jovens de até 22 anos disputam medalhas de ouro, prata e bronze em um país diferente. Cada ocupação tem provas específicas, nas quais os competidores precisam demonstrar habilidades individuais e coletivas e realizar provas em padrões internacionais de qualidade.
Da Agência CNI de Notícias