Macapá - Lideranças políticas e empresariais de diversos setores voltaram suas atenções para as potencialidades do Amapá, na manhã desta segunda-feira, 21 de outubro. As riquezas naturais do estado mais preservado do país foram apresentadas durante o workshop Amapá sustentável: oportunidades e estratégias para atração de investimentos, realizado no Teatro do SESI, em Macapá.

O encontro é uma iniciativa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Serviço Social da Indústria (SESI), juntamente com a Prefeitura Municipal de Macapá, o Mandato do Senador Randolfe Rodrigues e o Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do Amapá. Conta, ainda, com a parceria da Federação das Indústrias, Bens e Serviços de Turismo do Amapá (Fecomércio), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amapá (FAEAP), Governo do Estado e Universidade Federal do Amapá (Unifap).

O workshop foi uma oportunidade de reunir esforços de diferentes esferas para encontrar e alinhar soluções que sejam transformadas em políticas públicas de desenvolvimento econômico e social, respeitando e preservando o meio ambiente.

No primeiro painel, foram abordados os fatores atrativos de investimentos no Amapá. Mediado pela vice-reitora da Unifap, Simone Leal, as apresentações ficaram por conta do economista e professor universitário, Charles Chelala; o diretor de desenvolvimento setorial e regional da Agência Amapá, Joselito Abrantes; o secretário de Planejamento de Macapá, Paulo Mendes; o presidente da Fecomércio AP, Eliezir Viterbino; e do presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae AP e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amapá,  Iraçu Colares.

As vantagens geográficas e naturais do Amapá o colocam em condição favorável e à frente de outros estados, segundo os palestrantes. Eles apontaram a autonomia do estado na geração de energia elétrica e excelente proximidade com a Europa e Caribe, além dos incentivos fiscais e creditícios com a Zona Franca Verde e a Zona Franca de Manaus como vantagens consideráveis no mercado.

Os participantes também frisaram as oportunidades para atração de investimentos em mineração, incentivos fiscais, logística para o comércio exterior, produção de alimentos, concessão florestal e cadeia produtiva de agronegócio. A pesquisa científica também foi mencionada como uma alternativa para o desenvolvimento, uma vez que o estudo integrado dos órgãos de pesquisa fortalece o desenvolvimento de toda a Amazônia.

Fatores naturais e geográficos como o solo, topografia e o clima, também foram lembrados como características favoráveis para o agronegócio. De acordo, com os interlocutores, a bioeconomia com a geração de negócios sustentáveis com produtos naturais da biodiversidade amazônica é altamente valorizada no comércio mundial, a exemplo do açaí. É possível, por exemplo, criar uma cadeia produtiva de fabricação de polpas de frutas de alto valor comercial.

O diretor Regional do SESI SENAI Amapá, Sergio Moreira, ressaltou que o workshop teve como objetivo despertar a visão de desenvolvimento sustentável. “Nós entendemos que o Amapá é um estado privilegiado por ser o mais preservado e com localização especialmente favorecida. Aqui, temos uma interface com o mundo todo. Se agregarmos riquezas e desenvolvimento, o mundo vai consumir o Amapá”, frisou.

Ao final do primeiro painel, houve a apresentação do filme Amapá Sustentável - Estuário de Oportunidades. O documentário mostrou as riquezas do Amapá e as principais potencialidades da região.

O segundo painel versou sobre as políticas públicas para atração de investimentos. Mediado por Moreira, o quadro contou com as considerações do prefeito de Macapá, Clécio Luis; o secretário de Desenvolvimento das Cidades, Antônio Teles Júnior; o senador pelo Amapá, Randolfe Rodrigues; o presidente do Senado, Davi Alcolumbre e o Deputado Estadual e Presidente da Comissão de Indústria, Minas, Comércio e Energia da ALAP, Antônio Furlan.

Nessa parte, foram apresentadas as potencialidades da mineração, especialmente do manganês e ouro, ferro, caulim, entre outras, além do agronegócio de escala e introdução da cultura da soja e forte possibilidade de verticalização.

O prefeito de Macapá, Clécio Luis, falou dos avanços que incentivam e organizam os processos para empresários por meio da REDESIM. No sistema eletrônico, é possível emitir nota fiscal eletrônica de serviços, bem como compras e contratos, incentivando o poder de compra dos empreendedores, que também possui uma Central de Atendimento ao Contribuinte à sua disposição. Citou ainda, o programa “Macapá 300 anos” e o Bioparque da Amazônia, que vai trabalhar o turismo com serviços e preservação ambiental. “Nós queremos desenvolvimento criado a partir de um consenso. Não há saída para o nosso desenvolvimento sem acordo, só assim iremos transformar nossas potencialidades em produtos que fortaleçam nossa economia”, afirmou o gestor do município.

O senador Randolfe Rodrigues também deu sua contribuição no workshop. Ele afirmou que a iniciativa representa o primeiro passo para a implementação do desenvolvimento sustentável. “Nós temos 15 mil espécies vegetais florestais não conhecidas. Verticalizando a produção de cada um desses produtos nós teremos um salto para o desenvolvimento do Amapá e da Amazônia. Nossa região é um ativo econômico”, frisou.

A UNIFAP ficará responsável por documentar as resolutivas e compor uma carta que oficializará o pacto entre as instituições em prol do desenvolvimento econômico e sustentável do Amapá, a mesma será assinada em outro momento.

Representantes de entidades públicas, bem como associações e organizações, além de parlamentares, a exemplo dos deputados estaduais Paulo Lemos, Jory Oeiras e Aldilene Souza, estiveram presentes no workshop.

 

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