O Programa Brasil Mais Produtivo (B+P) é uma iniciativa do governo federal que visa aumentar a produtividade em processos produtivos de empresas industriais, com a promoção de melhorias rápidas, de baixo custo e alto impacto. O Programa é coordenado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços - MDIC e realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - Senai, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial - ABDI e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos - Apex-Brasil, com a parceria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae e apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES

Nessa primeira fase, a metodologia aplicada é a da “manufatura enxuta", que envolve a redução de sete tipos de desperdícios: superprodução, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos.

O Programa consiste na realização de consultoria tecnológica in loco, de 120 horas por empresa, para elaboração de diagnóstico de processos, propostas de melhorias para obter ganhos de produtividade, redução no custo de produção e monitoramento de implementação e resultados. O total investido em cada empresa é de R$ 18 mil reais - destes, R$ 15 mil aportados pelos realizadores do Programa.

O B+P é dividido nas seguintes etapas:

a) Prospecção:

Após a inscrição no site, a empresa receberá a visita de um consultor do Programa, em um prazo médio de três semanas. As consultorias nas empresas serão realizadas por meio dos Institutos Senai de Tecnologia e pelas unidades do Senai nos Estados.

b) Preparação:

Na primeira visita é realizado o diagnóstico do processo produtivo da empresa e realizadas as medições iniciais, com o objetivo de definir o plano de atendimento, o cronograma de execução e a emissão do contrato para coleta de assinaturas entre o Senai, o responsável pela consultoria e a empresa que contratará o atendimento.

c) Melhoria no processo produtivo e monitoramento:

Nessas etapas, realizam-se o plano e as melhorias do processo produtivo, com monitoramento dos indicadores, para que a empresa pratique e assimile as orientações das práticas de “manufatura enxuta".

d) Encerramento e validação dos resultados:

É realizada a medição da situação da produção no momento da conclusão do atendimento para documentação das melhorias e coleta de assinaturas no relatório que acompanha o Termo de Encerramento da consultoria, no qual constará a comprovação final dos resultados alcançados, a autorização de divulgação desses resultados e a concordância para realização da última visita de monitoramento do processo da empresa que ocorrerá três meses após a conclusão, para validar a sustentação dos resultados.

Podem se candidatar ao Brasil Mais Produtivo as empresas industriais com produção manufatureira, de pequeno e médio portes, que tenham entre 11 e 200 empregados e, preferencialmente, estejam inseridas em Arranjos Produtivos Locais (APLs) ou aglomerações produtivas. O cadastro deve ser feito pela empresa na página do Programa na internet (www.brasilmaisprodutivo.gov.br), detalhando o setor e a localidade em que atua, além do número de funcionários.

Na primeira fase do Programa, quatro setores foram selecionados como elegíveis em função de sua maior aderência e otimização da aplicação de ferramenta de “manufatura enxuta". São eles: metalmecânico, vestuário e calçados, moveleiro e de alimentos e bebidas. Também foram avaliados critérios como alta empregabilidade, potencial exportador, forte presença de pequenas e médias empresas, relevância regional dos setores, além da capacidade de otimização das políticas públicas existentes.

Até o final de 2017, o Brasil Mais Produtivo atenderá três mil empresas industriais em todo o Brasil, com o objetivo de aumentar em 20% sua produtividade. Nos dois anos de ação, estão previstos R$ 50 milhões em investimentos.

Ao final do Programa, a avaliação dos resultados é realizada a partir de quatro indicadores:

- Produtividade: o aumento da quantidade de unidades produzidas em um espaço de tempo.

- Movimentação: a diferença entre o tempo de movimentação antes e depois do programa.

- Qualidade: a diferença entre o retrabalho antes e depois do programa.

- Retorno financeiro: a diferença entre o retorno financeiro e o que foi investido no programa.

Nas novas fases, o Programa será ampliado em duas frentes:

- Expansão vertical: ampliação dos atendimentos com a utilização das ferramentas da “manufatura enxuta" para empresas de outros setores, em parceria com outros Ministérios;

- Expansões horizontais: projetos-piloto para testar a aplicação de ferramentas de “eficiência energética" e de “digitalização e conectividade" nos processos produtivos selecionados como forma de aumentar a produtividade.

A governança do Programa B+P é exercida por meio de dois comitês nacionais: os Comitês de Orientação Estratégica e o Comitê de Orientação Técnicas, ambos coordenados pelo MDIC e compostos pelos parceiros do Programa (CNI/Senai, ABDI, Apex-Brasil, Sebrae e BNDES). Além disso, foram instituídos Comitês de Assessoramento Local, responsáveis pelo monitoramento das ações nos estados, que são compostos pelos Núcleos Estaduais de APLs, Federações das Indústrias e representações regionais das instituições parceiras.

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